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     Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 127.887 mil cirurgias plásticas por ano são realizadas em crianças, 21% do número total de operações estéticas no país.
     Acredita-se que esse número teve esse aumento devido aos avanços das técnicas cirúrgicas e anestésicas, que tornaram os procedimentos estéticos e reparadores mais confortáveis e seguros, tanto para as crianças quanto para os pais e médicos. Dessa forma, é muito incomum ser submetido a uma cirurgia na infância e ter más lembranças do procedimento. Pelo contrário, o tratamento bem realizado pode trazer grandes benefícios no âmbito estético, no desenvolvimento da personalidade da criança e na satisfação dos pais.          
     Segundo o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba, as cirurgias reparadoras são as mais realizadas em crianças de até três anos de idade, que são aquelas que corrigem as más formações inatas, como, por exemplo, fissuras de lábio e palato. “A cirurgia para correção da fissura labial pode ser realizada, em alguns casos, já nos três primeiros dias de vida, dependendo da avaliação do cirurgião”, comenta.     
     As reparadoras são comuns também porque muitos acidentes domésticos envolvendo acontecem nessa idade, ocasionando, entre outros problemas, queimaduras e fraturas, que podem ter seus efeitos e sequelas minimizados ou até resolvidos por meio dos procedimentos plásticos. Tumores congênitos de face, cabeça e pescoço também são frequentemente operados, assim como são comuns as cirurgias para corrigir cicatrizes de aspecto inadequado.
     Mas a cirurgia mais procurada para as crianças é a otoplastia, a correção das “orelhas de abano”. Esse é um procedimento que só pode ser realizado após os quatro ou cinco anos de idade, quando a orelha já está desenvolvida. “Essa operação pode impactar de forma muito positiva a vida da criança. Às vezes é até indicado realizar esse procedimento quando a criança ainda está na fase pré-escolar, assim é evitado um possível problema de socialização entre as outras crianças, assim como o bullying”, afirma o especialista.
  
É seguro, sim!

     Outras deformidades que podem e devem ser corrigidas ainda na infância são: a Polidactilia, o excesso de dedos; a Sindactilia, quando os dedos são colados; a Microtia, que consiste ausência parcial ou total do pavilhão auricular e a Nevus, mais conhecidas como as pintas ou marcas de nascença.
     Apesar de todos os problemas apresentados anteriormente, Pacheco ressalta que diante de qualquer deformidade que a criança venha apresentar, as mães de hoje em dia podem ficar tranquilas. “A ciência médica possui soluções bastante razoáveis para quase todos os problemas, portanto, quando se deparar com qualquer incômodo, procure um médico que possa lhe auxiliar a resolver os problemas”, conclui o cirurgião.