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O verão já chegou e é época de ir à praia, frequentar piscinas e usar roupas que deixam o corpo mais evidente. Dieta, malhação e cirurgia plástica são alguns dos artifícios que as mulheres não abrem mão para ficar com a barriga chapada, as pernas torneadas e o bumbum perfeito no calor. De acordo com dados do Ibope, em pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de implantes de silicone no bumbum quase dobrou em 2009. Foram 8.091 cirurgias realizadas no ano passado contra 4.591 feitas em 2008. “É um aumento expressivo em um intervalo de tempo pequeno e a tendência é crescer cada vez mais”, acredita Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico membro da SBCP.

O implante de silicone no bumbum, também chamado de gluteoplastia, garante naturalidade e pode modelar e preencher a região, no caso da prótese oval, ou projetá-la, quando a prótese é redonda. “A tecnologia tem proporcionado mais conforto na cirurgia plástica. As próteses fabricadas atualmente podem durar cerca de 20 anos e o acompanhamento de sua condição é feito através de ultra-sonografias”, explica.

A prótese é colocada no meio dos músculos da nádega, através de uma incisão entre os glúteos, ficando praticamente imperceptível. A cirurgia dura aproximadamente uma hora e o paciente tem que ficar internado por dois dias. “A prótese fica dentro do músculo, que não sofre nenhum tipo de corte, ele é apenas afastado para a colocação do implante. Antigamente a prótese era colocada debaixo da pele ou do músculo, aumentando o tempo de recuperação”, esclarece.

Após a cirurgia é preciso alguns cuidados básicos para garantir o sucesso do procedimento. Nos primeiros dias não é permitido sentar nem deitar de barriga para cima e é preciso repouso durante 30 dias, evitando esforços físicos ou pressão no bumbum. “Como a prótese fica dentro do músculo, a injeção intramuscular é contra-indicada, pois se corre o risco de furar o silicone com a agulha”, alerta.

Pacheco enfatiza que cada paciente possui características diferentes e não há um procedimento indicado para todos os casos. “O cirurgião deve fazer uma avaliação médica rigorosa e indicar o tratamento mais apropriado, levando em consideração as peculiaridades individuais, as possibilidades técnicas e os objetivos que cada um tem”, observa.